INDICADORES DE RESULTADOS

O Programa Promoção da Saúde visa proporcionar à pessoa com deficiência intelectual e múltipla/autismo, atenção integral à saúde e à promoção da qualidade de vida. Com atendimentos personalizados, inovação tecnológica e reabilitação em diversos contextos durante seu ciclo de vida, são estimulados a capacidade funcional e o desempenho humano dos usuários, contribuindo para sua inclusão social e prevenindo agravos que determinam o surgimento de deficiências.

Nesta busca incessante por qualidade e inovação, por meio da capacitação e consultoria da FDC – Fundação Dom Cabral, o programa vem desenvolvendo e aprimorando seus indicadores de resultados, que nos permite  monitorar a eficiência dos serviços de saúde prestados a pessoa com deficiência, bem como orientar novas estratégias para obter resultados ainda mais satisfatórios no processo de reabilitação.

Por meio desta consultoria, a APAE adotou o Software de Gestão de Indicadores – STRATWS, que compara as metas de cada indicador definido pela instituição, com os respectivos valores realizados. Além disso, nos permite , analisar  as causas de mau desempenho, assim como ações corretivas cabíveis.  Este software tem como objetivo agrupar as informações estratégicas, táticas e operacionais da entidade, possibilitando aos seus gestores o acesso aos dados necessários para uma melhor gestão da organização. Para alimentar semestralmente esta plataforma, o programa definiu  os seguintes indicadores:

  • Desenvolvimento motor global.
  • Desempenho e satisfação.
  • Qualidade de Vida: inclusão social, autodeterminação, bem-estar emocional, bem-estar físico, bem-estar material, direitos, desenvolvimento pessoal e relações interpessoais.
  • Índice de Satisfação das Famílias.

A construção desses indicadores se deu através de discussão com a equipe de profissionais e a definição dos protocolos validados e utilizados durante o período de reavaliação do processo de reabilitação do usuário.

Atualmente são aplicados os seguintes protocolos:

  1. Canadian Ocupational Therapy Measure (COPM):

Entrevista semiestruturada, administrada diretamente ao próprio usuário, seus pais, cuidadores e professores, com o objetivo de identificar dificuldades de desempenho ocupacional e áreas que requerem avaliação adicional e operacionalizar uma abordagem centrada no usuário, bem como a especificação de metas de curto e longo prazos, estabelecendo prioridades de intervenção.

2. Sistema de Classificação de Função Motora Grossa (GMFCS):        

Sistema estandartizado e baseado no desempenho motor, é usado para classificação funcional do prognóstico motor em crianças com paralisia cerebral e abrange cinco níveis de comprometimento motor, graduado de 1(mais leve) a 5 (mais grave), em 4 categorias de idade: até 2 anos, entre 2 e 4 anos, entre 4 e 6 anos e entre 6 e 12 anos.

3. Alberta Infant Motor Scale (AIMS):

Medida de observação da performance infantil, que incorpora os conceitos teóricos do desenvolvimento motor mais frequente, identificados pelos terapeutas na determinação de taxas e condutas de crianças com atrasos motores. Determina os marcos da sequência do desenvolvimento infantil de 0 a 18 meses.

4.Escala de Avaliação da Qualidade de Vida de Crianças e Adolescentes com Deficiência Intelectual:

Escala Kids Life avalia a qualidade de vida de crianças e adolescentes com deficiência intelectual de 4 a 21 anos de idade  atendidas em qualquer um de seus serviços de saúde, educação e/ou de assistência social.

Esta escala  é composta  por 96 itens que se organizam em oito dimensões de qualidade de vida: inclusão social, autodeterminação, bem-estar emocional, bem-estar físico, bem-estar material, direitos, desenvolvimento pessoal e relações interpessoais. Todos eles são respondidos com uma escala de frequência de quatro opções: nunca, às vezes, frequentemente e sempre.

5 .Pesquisa de Satisfação do Usuário:

A APAE-BH faz o monitoramento de suas ações na área da saúde por meio de entrevista estruturada, realizada anualmente com os pais/responsáveis pelos usuários dos serviços prestados.

Desta forma,  o funcionamento do programa pode ser avaliado e, com certeza, auxiliar  os profissionais e gestores a definirem programas e estratégias que aproveitem melhor as  potencialidades do usuário e o atendimento às demandas da família.

Lêda Fioravante Diniz – Gerente do Programa de Promoção da Saúde – Clínica Intervir – APAE BH