Orientações para uma Comunicação e Convivência Respeitosa com Pessoas com Deficiência Física:
Utilize sempre a nomenclatura correta: Pessoa com Deficiência.
Evite termos pejorativos, ultrapassados ou ofensivos como: “deficiente”, “aleijado”, “inválido”, “mongol”, “excepcional”, “retardado”, “incapaz” ou “defeituoso”.
Sempre que possível, prefira chamar a pessoa pelo seu nome — antes de qualquer deficiência, existe uma pessoa, com identidade, histórias e vivências próprias.

Convivência com Pessoas com Deficiência Física
Posição ao conversar:
Ao interagir por mais do que alguns minutos com uma pessoa que utiliza cadeira de rodas, sempre que possível, procure sentar-se para manter o contato visual no mesmo nível. Isso demonstra respeito e favorece uma comunicação mais igualitária.

Espaço pessoal:
Cadeiras de rodas, bengalas e muletas são extensões do corpo da pessoa com deficiência. Evite se apoiar nesses equipamentos — é tão inadequado quanto se apoiar em uma cadeira ocupada por alguém.

Ao empurrar a cadeira de rodas:
Se for necessário empurrar a cadeira, faça isso com cuidado e atenção. Certifique-se de não esbarrar em outras pessoas ou obstáculos. Caso pare para conversar com alguém, vire a cadeira de frente para incluir a pessoa na conversa.

Acessibilidade dos equipamentos:
Mantenha sempre próximos os itens de mobilidade (bengalas, muletas etc.) da pessoa com deficiência. Eles são essenciais para sua locomoção e autonomia.

Ofereça ajuda, mas respeite a autonomia:
Se perceber que a pessoa está com dificuldade, ofereça ajuda com gentileza. Caso ela aceite, pergunte como proceder. Muitas pessoas têm técnicas próprias para se locomover ou superar barreiras, e uma tentativa mal orientada pode atrapalhar ou até machucar. Se a ajuda for recusada, respeite — oferecer já é um gesto de consideração.

Em caso de quedas:
Caso presencie uma queda, aproxime-se e pergunte se pode ajudar e de que forma. Nunca aja sem o consentimento da pessoa.

Atenção à acessibilidade:
Ao planejar visitas a locais como casas, restaurantes, teatros ou outros espaços, verifique se o ambiente é acessível. Barreiras arquitetônicas ainda são um desafio diário para muitas pessoas com deficiência.

Linguagem natural:
Não há problema algum em utilizar expressões como “andar” ou “correr”. Pessoas com deficiência física também usam esses termos naturalmente no cotidiano.

Promover uma convivência respeitosa, acolhedora e inclusiva é um dever de todos nós. A atitude começa na linguagem e se concretiza na prática.
Respeito, empatia e informação são os primeiros passos para uma sociedade verdadeiramente acessível.