Por: Lucianna Gontijo – Diretora Pedagógica – Escola Oficina Sofia Antipoff
A Escola Especial Sofia Antipoff define, para este ano, como um de seus processos pedagógicos: a família.
Sabemos que a relação da família com a escola, facilita o processo de aprendizagem e desenvolvimento do aluno.
Um diálogo de sucesso entre família e Escola é a garantia do desenvolvimento progressivo dos nossos alunos, do avanço na aquisição de saberes diversos acadêmicos e não acadêmicos, da sua autonomia e independência, sua autogestão, autodefesa, sua condição de sujeito que interage, que se comunica e se faz entender pelos métodos e processos que lhe são apropriados.
Tanto a escola quanto a família precisam rever e verificar qual é o seu papel; como poderemos interferir no processo de ensino-aprendizagem do aluno/filho e o que poderemos fazer para contribuir na construção da sua identidade.
A família e a escola compartilham funções relacionadas à educação e às funções sociais e funções políticas. Desta forma, juntos contribuiremos e também podemos influenciar na formação do sujeito. Nós, escola, e a família, somos responsáveis pela transmissão de valores e conhecimentos.
A escola é o segundo ambiente mediador entre indivíduo e ambiente. É no meio escolar que o saber culturalmente organizado e historicamente construído é transmitido de maneira mais sistemática. Além disso, é nesse ambiente que os alunos irão aprender novas formas de interação, comportamentos e serão apresentados a novos valores, tendo importância fundamental na socialização, no desenvolvimento e na aprendizagem.
Acreditamos na necessidade de a família estar em contato direto com a escola e vice-versa, porque a escola é uma instituição que complementa a família e juntas tornam-se lugares propícios para o desenvolvimento de seus filhos e alunos. Ambas, família e escola, dependem uma da outra na tentativa de alcançar seus objetivos, possibilitando um futuro melhor para o filho e educando e, também, para a sociedade em geral.
A Escola Oficina Sofia Antipoff desempenha também, dentro de suas funções educacionais, um papel de assistência às famílias, o que, por consequência, poderá trazer maiores possibilidades de êxito em resultados para os alunos. Este desempenho conta com o apoio do setor de Assistência Social da APAE-BH.
Com esse propósito, se faz necessária essa relação da participação efetiva entre família e escola. É importante que os integrantes da escola, sobretudo os professores e gestão pedagógica, construam um vínculo com os membros da família do aluno conhecendo sua realidade e necessidades.
Contudo, sempre que possível, a escola deve estar acessível à família. Já a Assistência Social procura fazer com que a família também participe do processo educacional de seu filho. É, sem dúvida, um desafio para assistente
social que nos acompanha, pois configura ainda como um campo a ser explorado e efetivado.
Precisamos do apoio da família para um bom resultado do aprendizado do aluno, mas muitas famílias justificam a ausência por falta de tempo em estar presente em reuniões, em estar acompanhando as tarefas de casa ou atividades de sala de aula, em estar presente, pois o responsável trabalha fora e não está presente todo o dia em casa.
A participação da família na escola é uma necessidade para a resolução de diversas problemáticas referentes ao desempenho do aluno (Daneluz, 2008). Por isso, é importante compreender as diferentes famílias e descobrir a melhor maneira de auxiliá-las no processo de ensino aprendizagem.
A família e a escola constituem os dois ambientes favoráveis para o bom desenvolvimento e é por isso que devem interagir e colaborar de maneira mútua, com objetivos comuns. E quando trabalham juntas, não focalizam a deficiência e sim as potencialidades que esses alunos/filhos têm, formando indivíduos com autonomia, produtivos e participantes de seu próprio desenvolvimento perante a sociedade.
O desejo da Escola é “conhecer” melhor cada educando, evidenciar aquilo que ele “é”, suas potencialidades, “seu sujeito”. Queremos ir além da escola! Precisamos, junto à família, criar ações educativas que sejam ainda mais significativas e coerentes com as necessidades do aluno/filho e colaborem para a construção da sua identidade pessoal.
Nosso trabalho pedagógico abarcará ações importantes que resgatam a identidade do educando na relação com a família. Diante disto, vários projetos serão trabalhados. O que nos levará a desencadear projetos dentro do contexto escolar e social.
Referências bibliográficas:
No trabalho com a família todos aprendem (working with families)
Texto da Unesco, título em inglês: (understanding and responding to children´s needs in inclusive classrooms)
www.unesco.org.br
Traduzido do inglês e digitado em São Paulo por Maria Amélia Vampré Xavier, Diretora para Assuntos Internacionais da Federação Nacional das APAEs, Brasília, Rebrates, SP, Carpe Diem, SP, Sorri Brasil, SP, Membro Honorário Vitalício de Inclusion International eleita no 15º.Congresso Mundial de Berlim, junho de 2010.
Traduzido do inglês e digitado em São Paulo por Maria Amélia Vampré Xavier, em 28 de outubro, 2010.
BUDEL, Gislaine Coimbra; MEIER, Marcos. Mediação de aprendizagem na educação especial. Curitiba: Ibpex, 2012. (Série Inclusão Escolar).
DESSEN, Maria Auxiliadora; POLONIA, Ana da Costa. A família e a escola como contextos de desenvolvimento humano. Ribeirão Preto: Paidéia. Vol. 17. n. 36. Jan/Abr. 2007.
FILHO, Luciano Mendes de Faria. Para entender a relação escola-família: uma contribuição da história da educação. São Paulo: Perspec. vol. 14 n. 2 Abr/Jun. 2000.
MACIEL, Maria Regina Cazzaniga. Portadores de deficiência: a questão da inclusão social. São Paulo: Perspec. Vol. 14. n. 2 Abr/Jun 2000.