Com Alba não tem tempo ruim. Foram tantas as vezes em que ela precisou arregaçar as mangas, contornar problemas e fazer acontecer que, para ela, a solução de qualquer desafio é só uma questão de tempo.
Com os três filhos ainda crianças, Alba precisou sair de casa para fugir da violência doméstica. Desde então, se vira sozinha para pagar todas as contas e segurar as pontas de casa. Há alguns anos, enquanto estava na APAE esperando o filho Heitor voltar das atividades, Alba teve uma ideia e dela criou o projeto “Enquanto espero”, que incentiva mulheres, mães de pessoas com deficiência, cada uma com suas lutas e histórias de vida, a empreenderem por meio do artesanato.
Com Alba é assim: de um pequeno retalho, ela costura porta-sacos, panos de prato, porta óculos, porta celular e lindas bonecas de pano. Dos folhetos de propaganda, faz esculturas incríveis. Com os pedacinhos de americano cru, cria os adoráveis bonequinhos papa-medo. De cada material que ganha, dele ela extrai tudo o que é preciso para reescrever a própria vida, todos os dias.
Com todo esse talento, Alba virava e se mexia para vender seus produtos em feiras e exposições, onde quer que acontecessem. Mas, há mais de três meses com todas as atividades paradas, Alba precisou se mexer pois, apesar da pandemia, as contas não pararam de chegar. Assim, com toda a determinação que sempre teve, Alba vestiu sua máscara de tecido e decidiu mais uma vez enfrentar os problemas e montou ali mesmo, na porta de casa, com a cara e com a coragem, uma lojinha com tudo de lindo que faz. “Virei camelô”, brinca ela.
Assim, faça calor ou faça frio, seja dia de semana ou em pleno domingo, lá está Alba, driblando todos os desafios que a vida manda. Ela está cansada de saber que a rapadura sempre foi dura, mas, com tanta obstinação e criatividade, Alba dá um jeito e faz com que ela seja também doce, apesar de tudo. 💕
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