O autismo, cientificamente conhecido como Transtorno do Espectro Autista, é caracterizada por problemas na comunicação, na socialização e no comportamento, geralmente, diagnosticada entre os 2 e 3 anos de idade. Esta síndrome faz com a criança apresente algumas características específicas, como dificuldade na fala e em expressar ideias e sentimentos, mal-estar em meio aos outros e pouco contato visual, além de padrões repetitivos e movimentos estereotipados, como ficar muito tempo sentado balançando o corpo para frente e para trás.
Assim, são sintomas e características do autismo:
- Dificuldade na interação social, como contato visual, expressão facial, gestos, dificuldade em fazer amigos, dificuldade em expressar emoções;
- Prejuízo na comunicação, como dificuldade em iniciar ou manter uma conversa, uso repetitivo da linguagem;
- Alterações comportamentais, como não saber brincar de faz de conta, padrões repetitivos de comportamentos, ter muitas “manias” e apresentar intenso interesse por algo específico, como a asa de um avião, por exemplo.
Estes sinais e sintomas variam de leves, que podem até passar despercebidos, mas também podem ser moderados a graves, que interferem muito no comportamento e na comunicação da criança.
Qual a causa do autismo
Qualquer criança pode desenvolver o autismo, e suas causas ainda são desconhecidas, apesar de cada vez mais pesquisas estarem sendo desenvolvidas para se descobrir.
Alguns estudos já conseguem apontar para prováveis fatores genéticos, que podem ser hereditários, mas também é possível que fatores do ambiente, como a infecção por certos vírus, consumo de tipos de alimentos ou contato com substâncias intoxicantes, como o chumbo e mercúrio, por exemplo, possam ter grande efeito no desenvolvimento da doença. Algumas das principais possíveis causas incluem:
- Deficiência e anormalidade cognitiva de causa genética e hereditária, pois observou-se que alguns autistas apresentam cérebros maiores e mais pesados e que a conexão nervosa entre suas células era deficiente;
- Fatores ambientais, como o ambiente familiar, complicações durante a gravidez ou parto;
- Alterações bioquímicas do organismo caracterizadas pelo excesso de serotonina no sangue;
- Anormalidade cromossômica evidenciada pelo desaparecimento ou duplicação do cromossomo 16.
Além disso, existem estudos que apontam para algumas vacinas ou para a reposição em excesso de ácido fólico durante a gravidez, entretanto ainda não há conclusões definitivas sobre estas possibilidades, e mais pesquisas ainda precisam ser feitas para esclarecer esta questão.
Como confirmar
O diagnóstico de autismo é feito pelo pediatra ou psiquiatra, através da observação da criança e da realização de alguns testes de diagnóstico, entre os 2 e 3 anos de idade.
Pode-se confirmar do autismo, quando a criança apresenta características das 3 áreas que são afetadas nesta síndrome: interação social, alteração comportamental e falhas na comunicação. Não é necessário apresentar uma extensa lista de sintomas para que o médico chegue ao diagnóstico, porque esta síndrome manifesta-se em diferentes graus e, por isso, a criança pode ser diagnosticada com autismo leve, por exemplo.
Assim, o autismo pode ser, por vezes, quase que imperceptível e pode confundir-se com timidez, falta de atenção ou excentricidade, como ocorre no caso da síndrome de Asperger e no autismo de alto funcionamento, por exemplo. Por isso, o diagnóstico de autismo não é simples, e em caso de suspeita é importante ir ao médico para que seja ele a avaliar o desenvolvimento e o comportamento da criança, podendo indicar o que ela tem e como tratar.
Existem diferentes tipos de autistas?
Existem diferentes tipos de autistas, sendo que a forma de apresentação ou o “espectro autista” é variável. Alguns pacientes apresentam comprometimento grave e outros leve, como é o caso do autismo de alto funcionamento. Neste último caso o indivíduo pode ser muito inteligente e desenvolver sofisticados softwares ou ter uma facilidade extrema para alguma atividade específica, como a matemática como o americano que inspirou o filme “Rain Man”, por exemplo.
Alguns livros que falam sobre esta síndrome são: “O estranho caso do cachorro morto”, da Ed. Record, e “Um Antropólogo em marte”, da Companhia das Letras. Estas costumam ser boas leituras para pais de crianças diagnosticadas com autismo porque ajudam a entender a síndrome e como pode ajudar o seu filho.
Como tratar
O tratamento vai depender do tipo de autismo que a criança possui e do seu grau de comprometimento, mas pode ser feito com:
- Uso de medicamentos prescritos pelo médico;
- Sessões de fonoaudiologia para melhorar a fala e a comunicação;
- Terapia comportamental para facilitar as atividades diárias;
- Terapia de grupo para melhorar a socialização da criança.
Apesar do autismo não ter cura, o tratamento, quando é realizado corretamente, pode facilitar o cuidado com a criança, tornando a vida dos pais um pouco mais facilitada. Nos casos mais leves, a ingestão de medicamentos nem sempre é necessária e a criança pode levar uma vida bem próxima do normal, podendo estudar e trabalhar sem restrições.
Fonte: https://www.tuasaude.com/autismo-infantil/
gostei do artigo muito interessantemente parabéns aos pesquisadores nos dias de hoje nada pode escapar dos olhos do pesquisador com o propósito de superar dificuldades e melhorar a vida do autista. Obrigado
Acho que eu tenho autismo em um grau menor. Eu sempre tive dificuldade em muitas coisas principalmente para entender o que as pessoas estão falando. Dificuldade de fazer amigos, de querer estar com pessoas, passo maior parte do tempo sozinho e se alguém chega me faz mal. Entre muitos outros detalhes. Mas não existe nenhum médico capaz de identificar na minha cidade, sempre péssimos médicos. Não se interessam.
Gostei muito deste material. Meu filho tem 3anos e desde 1 ano e 5 percebemos. Uma diferenca dele para as outras criancas, ele ja faz tratamento desde esse dia com fonodiologo, e psicologo, agora estamos tentando uma vaga pra ele na apae, para tentar desinvolver melhor ele..