A Escola Oficina Sofia Antipoff, mantida pela APAE BH, buscando atender a qualidade de ensino e as necessidades de seus alunos com deficiência intelectual e múltipla adaptou o Plano Educacional Tutorado – PET, acrescentando materiais concretos associado às atividades, visando potencializar a aprendizagem contínua neste momento de pandemia.

O uso de materiais concretos nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental é crucial para o sucesso do ensino e da aprendizagem.

Os jogos e os materiais concretos são elementos não apenas motivadores para os alunos, mas também ferramentas de ensino, principalmente quando se deseja fixar conhecimentos e práticas, pois a repetição e a memorização se dão de forma natural enquanto se joga.

A Base Nacional Comum Curricular orienta em seus pressupostos e concepções que os materiais manipulativos possuem potencial para criar contextos de aprendizagem, com ênfase para a compreensão e tornando a aprendizagem significativa.

Para a diretora da Escola Oficina Sofia Antipoff, Lucianna Gontijo, o material concreto incluído ao PET foi uma alternativa metodológica para estimular o raciocínio e a criatividade dos alunos do Fundamental Anos Iniciais e alunos da EJA Anos Iniciais.

Ao focar nas aprendizagens em casa, a escola continua atenta ao desenvolvimento das Competências Gerais descritas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), utilizando como base a Aprendizagem Significativa na elaboração de cada material concreto.

O por quê da Aprendizagem Significativa?

Porque quanto mais significativa e clara for a aprendizagem, maior será a sua funcionalidade, tendo em vista que oferece mais possibilidades de interação do estudante com novas situações e conteúdos. Os novos conhecimentos que os alunos adquirem, relacionam-se com o seu conhecimento anterior, permitindo um novo significado e uma nova aprendizagem.

“Através dos PETs realizados anteriormente, temos uma positiva noção do conhecimento prévio de nosso aluno, e acreditamos que, neste momento com o material concreto, o conhecimento prévio interage com o novo conhecimento, modificando e enriquecendo a estrutura cognitiva prévia, que permite a atribuição de significados ao conhecimento”, esclarece Lucianna.

A escola espera, a princípio, que os materiais possam ajudar o aluno na sua organização de ideias e a refletir sobre a atividade realizada, pois todos os materiais irão ajudar na coordenação motora, memória, consistência de percepção, forma, tamanho e cores, despertar a curiosidade, descobrir semelhanças e diferenças, criar hipóteses, chegar às próprias conclusões.

A partir do material concreto é possível explorar diferentes conceitos para ampliar a aprendizagem. Sendo assim, foi necessário um planejamento criterioso para atender os perfis dos alunos e também atender ao Currículo Referência de Minas Gerais. As atividades lúdicas foram orientadas de com acordo com os objetivos pedagógicos que se deseja alcançar, podendo ser desenvolvidas habilidades como: motoras, perceptivas ou a noção de tempo e espaço. Também podemos dar ênfase na formação de noções lógicas, como seriação, conservação e classificação.

Lucianna Gontijo acredita que, da forma como os materiais foram planejados e criados, a escola estará proporcionando ao aluno o desenvolvimento de suas capacidades cognitivas, motora, afetiva, ética, de relação interpessoal e de inserção social. O aluno aprenderá novos conceitos, regras, normas, valores e os conteúdos foram trabalhados nas mais diversas formas de conhecimento, respeitando a estrutura conceitual (o que é preciso saber), procedimental (o que é preciso saber para fazer) e atitudinal (o que é preciso saber para fazer para SER).

Já para EJA Anos Finais, a Escola Oficina Sofia Antipoff, elaborou atividades que envolvem experiências e vivencias, proporcionando aos estudantes práticas para que eles possam transitar entre o conhecimento abstrato e concreto.

Para Lucianna, neste novo momento de construção do conhecimento via material concreto, a aprendizagem precisa ser mais fácil, significativa e principalmente prazerosa.