A festa foi linda. Mais de 300 mil pessoas encheram cada cantinho do Centro de Belo Horizonte. Dando o tom, em meio ao sol e em meio à chuva, estavam o Geo e todo o imponente conjunto do Baianas Ozadas.
Bateria, dançarinas, um imenso trio elétrico e toda a equipe de produção, em sintonia perfeita com a multidão que seguiu entusiasmada o maior bloco de Carnaval de Belo Horizonte, da Igreja de São José até a Avenida dos Andradas.
E bem lá no meio, logo depois do trio, estávamos nós, da APAE-BH. Cantamos, pulamos, dançamos e comemoramos, todos juntos, juntos de todos.
No meio do caminho, enquanto o axé rolava solto e alto, uma passista do Baianas resolveu tirar o Thiago para uma dança frenética em sua cadeira de rodas, em plena pista da Afonso Pena. A mãe, ao ver o lindo balé, chorou de emoção ao ver o filho tão feliz. Já “Pesado”, o doce tocador de surdo do bloco, vendo nossa turma tão emocionada, chorou ao ver tanta alegria. Até a jornalista da APAE-BH, ao registrar em fotos tudo aquilo – o Thiago, a passista, a mãe do Thiago e o tocador de surdo – chorou ao ver tanta boniteza. Quem estava em volta parou para assistir emocionado àquele momento tão especial, úmido não só pela chuva que lavava a alma de tanta gente, mas por testemunharem tantas lágrimas de emoção. Uma emoção que só quem tanto luta pela inclusão consegue dimensionar a imensidão do que acontecia ali, em plena segunda-feira de Carnaval.
É, a inclusão faz isso: as pessoas se emocionam profundamente ao se verem juntas, ao perceberem como a sintonia e o compasso entre os diferentes surgem tão espontaneamente, tão surpreendentemente natural.
A festa hoje foi linda. E o mais bonito foi que, nesta festa tão popular, a maior de Belo Horizonte, coube todo mundo. Todo mundo, minha gente, todos nós.
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