Esta semana, comemoramos o Dia Nacional do Bumba-Meu-Boi. E o mestre Kaika apresentou a todos o boi que criou para trabalhar essa linda manifestação de dança do folclore popular com os usuários do Núcleo Artístico da APAE BH.
No ano passado, toda a equipe do Núcleo Artístico saiu em cortejo pelo bairro de Santa Tereza, levando e contando a história e a tradição do Boi a todos os moradores.
História
A história do Bumba meu boi – também conhecido como Boi-Bumbá – reúne personagens humanos e animais fantásticos, que gira em torno da morte à ressurreição do boi, e tem como destaque a fragilidade humana, em detrimento da força bruta do animal.
O enredo envolve um rico fazendeiro, que possui um boi muito bonito, que inclusive sabe dançar. Pai Chico, um trabalhador da fazenda, rouba o boi para satisfazer o desejo de sua mulher Catarina, que estava grávida e sente uma forte vontade de comer a língua do boi. O fazendeiro manda seus empregados procurarem o boi e quando o encontra, ele está doente. Os pajés curam a doença do boi e descobrem a real intenção de Pai Chico, o fazendeiro o perdoa e celebra a saúde do boi com uma grande festividade.
A festa tem ligações com diversas tradições, africanas, indígenas e europeias, inclusive com festas religiosas católicas, sendo associada fortemente ao período de festas juninas.
O ritmo predominante é chamado de toada, um estilo de cantiga simples e regional, formada por estrofes e rimas. Essa encenação lúdica é caracterizada pela união do humor, da sátira, do drama e da tragédia. Enquanto a história do boi é declamada por um narrador, os personagens dançam.
O artesanato, os instrumentos musicais, o bordado do couro do Boi e da indumentária dos participantes representam a devoção a São João, São Pedro e São Marçal. Porém, embora esteja muito ligado à religiosidade católica, o Bumba-Meu-Boi também traz em suas coreografias muitos elementos de cultos afro-brasileiros.
Em cada Estado do país, o Bumba Meu Boi é conhecido por nomes diferentes, mas com o mesmo significado. Em Pernambuco é chamado Boi Calemba ou Bumbá; no Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas e Piauí é Bumba Meu Boi; no Ceará é Boi de Reis, Boi Surubim e Boi Zumbi; na Bahia é Boi Janeiro, Boi Estrela do Mar e Mulinha de Ouro; em Minas Gerais e Rio de Janeiro é Bumba ou Folguedo-Do-Boi; no Espírito Santo é Boi-De-Reis; Em São Paulo é Boi de Jacá e Dança do Boi; no Pará, Rondônia e Amazonas é Boi Bumbá; no Paraná e Santa Catarina é Boi Mourão ou Boi de Mamão; e no Rio Grande do Sul é Bumba, Boizinho ou Boi Mamão.
Em 2012, o Bumba meu boi foi incluído na lista de Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Sobre o Núcleo Artístico da APAE BH
Criado pela APAE-BH em 2005, o Núcleo Artístico compõe o projeto Banda da Diversidade, com foco em música (coral e bateria), dança e teatro e é formado por músicos, atores e dançarinos com deficiência intelectual/múltipla/autismo, que conseguiram desenvolver e aperfeiçoar suas habilidades artísticas.
O Coral Vozes da APAE tem em seu repertório músicas do folclore brasileiro e da Música Popular Brasileira e a bateria APAETUCADA. Apresenta um repertório com Samba, Axé, Olodum, Funk e músicas do Folclore Brasileiro.
O principal objetivo é a inclusão social de seus componentes, através da música e da arte, proporcionando vivências reais e ampliando perspectivas sociais, bem como uma melhor qualidade de vida pessoal, familiar e comunitária.
#apaebh #assistenciasocial #assistenciasocialapaebh
* Fontes: Wikipedia/Toda matéria/Brasil Escola/Info Escola/Cultura.gov.br