Slackline – Pontes Invisíveis
O mundo organizacional atual exige um grau de desenvolvimento dos profissionais como fator indispensável para o crescimento e, consequentemente, a sobrevivência de uma empresa diante das inovações que surgem no mercado.
Neste sentido, torna-se fundamental a preparação e formação das Pessoa com Deficiência Intelectual (PCDI) estimulando seu potencial e habilidades, para que possam integrar e ser inseridas neste contexto de forma competitiva e eficaz.
Diante desse fato, o Programa Trabalho Emprego e Renda, da APAE-BH, busca constantemente estimular seus usuários a desenvolverem e trabalharem novas competências no âmbito técnico/ operacional, mas, sobretudo, comportamental.
Com base neste cenário, a APAE-BH deu início ao Projeto Pontes Invisíveis – O Slackline como fonte de desenvolvimento e inclusão social na educação especial, que acontece todas as terças e quintas-feiras na parte da manhã e da tarde, ministrado pelos voluntários Guilherme Melo, Arthur Martinez e Vinicius Lopes,com o objetivo de inserir a prática deste esporte na educação física, mental e social das pessoas com deficiência intelectual.
E o que é Slackline? O Slackline é, hoje, um esporte consolidado e em plena ascensão, que consiste basicamente, em manter-se equilibrado e balanceado sobre uma fita estreita e flexível, geralmente feita de nylon ou poliéster, esticada entre dois pontos fixos, devidamente ancorados.
É comprovado que através de atividades lúcidas, do “brincar”, podemos desenvolver atividades que sejam divertidas e ensinem nossos usuários a discernir valores éticos e morais, formando cidadãos conscientes de seus deveres e responsabilidades. Além disso, essas atividades trabalham várias habilidades, tais como: comunicação, relacionamento interpessoal, liderança, trabalho em equipe, solidariedade, entre outras.
A prática pedagógica pautada em situações lúdicas traz enorme prazer e alegria, promovendo assim, o desenvolvimento afetivo, cognitivo, social, psicomotor e linguístico. E com a pessoa com deficiência intelectual não é diferente. Embora apresente atrasos em seu desenvolvimento cognitivo e motor, também necessita de atividades lúdicas no seu dia a dia. Talvez até mais do que as outras pessoas, por necessitar de muito mais estímulos para desenvolver suas habilidades cognitivas, motoras e sensoriais.
Os jogos e brincadeiras para as PCDI constituem atividades primárias que trazem grandes benefícios do ponto de vista físico, intelectual e social. Através dos jogos e brincadeiras a PCDI pode desenvolver a imaginação, a confiança, a autoestima, o autocontrole e a cooperação. Os jogos e brincadeiras proporcionam o aprender fazendo, o desenvolvimento da linguagem, o senso de companheirismo e a criatividade. A pessoa com deficiência aprende “brincando” e assim desenvolve suas potencialidades, pois é um ser em desenvolvimento, e cada ato seu, transforma-se em conquista e motivação.
O lúdico possibilita que a pessoa com deficiência intelectual se torne cada vez mais autônoma, melhorando a autoestima e a consciência corporal. Pelo jogo, ela aprende, verbaliza, comunica-se com as outras pessoas, internaliza novos comportamentos e, consequentemente, se desenvolve.
Consideramos que a prática do Slackline trabalha a superação de desafios, o enfrentamento do desconhecido, do “medo”, do limite, dentre outras coisas importantes para a atuação da PCDI na sociedade e no trabalho.
Celso Antunes* afirma que “O jogo é o mais eficiente meio estimulador das inteligências, permitindo que o indivíduo realize tudo que deseja. Quando joga, passa a viver quem quer ser, organiza o que quer organizar, e decide sem limitações. Pode ser grande, livre, e na aceitação das regras pode ter seus impulsos controlados. Brincando dentro de seu espaço, envolve-se com a fantasia, estabelecendo um gancho entre o inconsciente e o real”.
“Acho muito legal. Eu estou gostando muito. Os exercícios vão ajudar o meu pé e eu não vou cair mais quando andar de ônibus.” nos relata Danielle Ramos, usuária do programa. “Como mãe, fico muito feliz pela iniciativa APAE-BH. Tudo que é novo é importante e empolgante para nossos filhos, e sendo esporte então! Acredito muito que vai melhorar o equilíbrio da Dani”, nos relata Vânia Ramos, mãe da Danielle.
Portanto, nós da APAE-BH podemos afirmar que, através do Projeto Slackline – Pontes Invisíveis vamos proporcionar momentos mágicos e únicos na vida da pessoa com deficiência intelectual, trazendo enorme prazer e alegria, pois no mesmo instante em que ela se diverte, ela aprende e desenvolve o raciocínio e a criatividade, além de obter responsabilidade diante da situação, diante da vida.
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