O acolhimento é o contato inicial da família do usuário com a instituição, por intermédio da assistente social. Este momento é organizado para se tornar referência para as famílias e é muito importante e necessário para a continuidade dos atendimentos. Ele consiste na acolhida e escuta qualificada das necessidades e demandas trazidas pelo usuário e seus familiares, com oferta de informações sobre serviços e programas ofertados pela instituição, bem como pelas demais políticas setoriais, a fim de orientações sobre a defesa de direitos. A acolhida é primordial para a compreensão da situação da família e constitui um direito de cidadania. Acolher é um compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que procuram nossos serviços.

A escuta qualificada é o momento em que os familiares dos usuários não serão apenas ouvidos, mas, também, serão apresentados os serviços mais adequadas às suas necessidades. A acolhida inicial e a escuta qualificada são o princípio básico do atendimento: ouvir, problematizar e agir. Este processo é um instrumento de trabalho interativo que nos permite responder de forma qualificada às pessoas com deficiência intelectual e seus familiares e possibilita as primeiras aproximações, permitindo a identificação das demandas imediatas e o início da construção de vínculos referenciais dos serviços.

Na APAE-BH, o acolhimento inicial e o cadastro de pessoas com deficiência intelectual são realizados por demanda espontânea ou encaminhamentos feitos pelos serviços de saúde, Conselho Tutelar, Sistema de Garantia de Direitos, entre outros órgãos do município que desejam inserir a pessoa em algum dos programas oferecidos na instituição (Escola Especial Oficina Sofia Antipoff; Trabalho, Emprego e Renda; e Centro Dia “Para e Pelo Lazer”). Os interessados devem entrar em contato pelo telefone 3489-6930 para marcar um horário com a assistente social e, no dia da entrevista, a família deve trazer a seguinte documentação (original e cópia):

  • relatório do diagnóstico de deficiência intelectual;
  • declaração de escolaridade;
  • identidade;
  • CPF;
  • comprovante de endereço;
  • receita médica.

Nos casos em que o interessado não tenha perfil para atendimento na APAE-BH, ele é orientado e encaminhado para a rede de serviços disponíveis no município.

Durante o acolhimento e a escuta qualificada são observadas as principais queixas, expectativa da família, aspectos motor, percepto-cognitivo, alimentação e comunicação.

Para atendimentos na Clínica Intervir, da APAE-BH, os usuários são encaminhados diretamente pelas equipes do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) dos Centros de Saúde de referência do seu bairro ou pelo CREAB (Centro de Referência de Regulação e Reabilitação), para o tratamento especializado e, por isso, o acolhimento é realizado juntamente com a entrevista social. A proposta de intervenção é apresentada ao usuário e sua família na reunião de equipe de Avaliação Multidimensional.

Ellen Maia Boncompagni – Assistente Social responsável pelo acolhimento de novos usuários e seus familiares.