O Serviço de Acolhimento Institucional – Casa Lar da APAE-BH é um serviço de assistência social desenvolvido em unidades residenciais inseridas na comunidade e tem a finalidade de promover a construção progressiva da autodeterminação, inclusão social e desenvolvimento das capacidades adaptativas para a vida diária e prática dos moradores. A execução desse serviço está atrelada à promoção do bem-estar emocional, físico e material dos usuários, bem como suas relações interpessoais e a defesa de seus direitos.
Os usuários das Casas Lares vieram da extinta Fundação Estadual do Bem-estar do Menor – FEBEM.
Em 1995, o sociólogo fluminense Caio Ferraz visitou a Fundação e revelou a um jornal que a unidade visitada seria “um necrotério de pessoas vivas” e, ainda, que “…um campo de concentração deve ser um pouco melhor que aquilo”. De acordo com a descrição do sociólogo, havia pessoas amarradas aos leitos, mulheres e homens nus.
Outra denúncia, feita no mesmo ano pela coordenadoria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de Belo Horizonte, revelou que os internos da extinta FEBEM, sofriam, além de abandono e falta de tratamento especializado, agressões, maus tratos e viviam trancados em celas.
Quando a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais APAE-BH assumiu os cuidados desses usuários, foi criado um modelo de acolhimento muito próximo da realidade de um lar, ou seja, os usuários passaram a viver em casas com média de seis moradores em cada uma, sob os cuidados de uma mãe social.
Considera-se mãe social, aquela pessoa que se dedica à assistência aos moradores, proporcionando um ambiente acolhedor, refazendo noções e laços de família, e defendendo direitos e deveres.
A mãe social tem que buscar, com determinação, a reconstrução dos laços familiares, orientando e auxiliando os moradores, mantendo o respeito e as boas relações interpessoais tanto com os moradores quanto com os outros profissionais que trabalham nas casas. A mãe social tem que assumir literalmente a função de mãe, acompanhando os moradores em consultas médicas, odontológicas, psicológicas e de reabilitação, nos atendimentos escolares, perícias, atividades de lazer e esportes. A função primordial da mãe social é oferecer amor aos moradores.
Alina Braga
Gerente Serviço de Acolhimento Institucional – Casa Lar
Referência:
VIEGAS, Simone Soares. A POLÍTICA DE ATENDIMENTO A CRIANÇAS E A ADOLESCENTES EM ABRIGOS DE BELO HORIZONTE: história, organização e atores envolvidos. Belo Horizonte. Disponível em: http://www.biblioteca.pucminas.br/teses/Letras_ViegasSS_1.pdf. [vc_images_carousel images=”15663,15664″ img_size=”medium”]
Trabalhei em entidade filantrópica durante 20 anos 6 de mãe. Social 14 de coordenadora, amava o que fazia mais ouve uma mudança de Gestores, que todos os funcionários antigos foi mudados, é hoje estou querendo recomeçar como mãe social, era um trabalho que com amor os dois, coordenadora é mãe social.