O ditado popular “melhor prevenir do que remediar” se aplica perfeitamente à vacinação. Muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema de saúde pública por causa da vacinação em massa da população.

Quando uma pessoa é infectada pela primeira vez por um antígeno (substância estranha ao organismo), como o vírus do sarampo, o sistema imunológico produz anticorpos (proteínas que atuam como defensoras no organismo) para combater aquele invasor. No entanto, essa produção não é feita na velocidade suficiente para prevenir a doença, uma vez que o sistema imunológico não conhece aquele invasor. Por isso, a pessoa fica doente, podendo até morrer. Mas se, anos depois, aquele organismo invadir o corpo novamente, o sistema imunológico vai produzir anticorpos em uma velocidade suficiente para evitar que a pessoa fique doente uma segunda vez. Essa proteção é chamada de imunidade.

O que a vacina faz é gerar essa imunidade com os mesmos antígenos que causam a doença, mas enfraquecidos ou mortos. A vacina ensina e estimula o sistema imunológico a produzir os anticorpos. Elas são compostas por substâncias e microrganismos inativados ou atenuados que são introduzidos no organismo para estimular a reação do sistema imunológico quando em contato com um agente causador de doenças.

No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado e gerenciado pelo Ministério da Saúde, tem como principal objetivo manter o controle de todas as doenças que podem ser erradicadas ou controladas com o uso da vacina.  O PNI estabelece o calendário básico de vacinação para crianças, adultos e idosos e tem adotado estratégias diferenciadas para alcançar adequadas coberturas vacinais. Graças à vacinação, houve uma queda drástica na incidência de doenças que acometiam milhares de pessoas todos os anos.

É importante saber também que toda vacina licenciada para uso passou antes por diversas fases de avaliação, desde os processos iniciais de desenvolvimento até a produção e a fase final que é a aplicação, garantindo assim sua segurança. Além disso, elas são avaliadas e aprovadas por institutos reguladores muito rígidos e independentes. No Brasil, essa função cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão do Ministério da Saúde. E não é só isso. A vigilância de eventos adversos continua acontecendo depois que a vacina é licenciada, permitindo a continuidade do monitoramento da segurança do produto.

Ainda no intuito de fortalecer a vacinação no país, o Ministério da Saúde tem trabalhado para:

  • melhorar os sistemas de informação e monitoramento voltados para as medidas de prevenção e controle;
  • ampliar as estratégias para adesão da população à imunização;
  • instituir uma “força tarefa” para apoiar os estados e municípios na investigação e manejo de casos de doenças imunopreveníveis, entre outras ações.

O atual Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde inclui a campanha da Influenza (gripe), realizada no início do outono, a campanha de atualização da caderneta e a campanha contra o sarampo. Além disso, há também um programa específico para a comunidade indígena. Acompanhar esses calendários é importante para garantir a imunização nos períodos mais críticos de proliferação das doenças, como é o caso da gripe.

As vacinas “não fazem milagres” e não garantem imunização completa. Praticamente nenhuma vacina tem 100% de eficácia para todas as idades, porém quem não se vacina não coloca apenas a própria vida em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas com quem tem contato, além de contribuir para aumentar a circulação de doenças. Tomar vacina é a melhor maneira de se proteger de uma variedade de doenças graves e de suas complicações, que podem até levar à morte.

Nos últimos anos, temos registrado surtos de algumas doenças consideradas já controladas, como o Sarampo, a Caxumba, a Coqueluche, e o surgimento de novas doenças. Por isso, é muito importante que os adultos também estejam imunizados e mantenham o cartão da vacinação completo.

Os moradores das Casas Lares estão envelhecendo, e envelhecer com saúde e qualidade de vida é fundamental. Manter o controle das doenças também faz parte desse processo de envelhecimento saudável. A vacinação dos moradores das Casas Lares tem como meta diminuir os índices da morbimortalidade por doenças infecciosas, garantindo qualidade de vida, bem-estar e inclusão social a todos.

Manter a Caderneta de Vacinação atualizada é uma obrigação dos responsáveis para com a saúde dos moradores, além de promover o bem comum da população.  No Serviço de Acolhimento Institucional Casa Lar os moradores são acompanhados pela enfermeira do Serviço, juntamente com a Unidade Básica de Saúde de referência.  Todos, inclusive os funcionários, mantêm o calendário vacinal atualizado.

Viviane Duarte – Enfermeira
Serviço de Acolhimento Institucional/ Casa Lar

 

BIBLIOGRAFIA:
https://www.einstein.br/noticias/noticia/a-importancia-da-vacinacao;
http://www.scielo.br/pdf/rpp/v37n1/0103-0582-rpp-2019-37-1-00008.pdf;
http://www.saude.gov.br/noticias/745-acoes-e-programas/vacinacao/40603-importancia-da-vacinacao;
https://www.unimed.coop.br/viver-bem/saude-em-pauta/a-importancia-da-vacinacao. [vc_gallery type=”grid” images=”17710,17711″ img_size=”full”]