O Serviço de Proteção Especial Para Pessoas com Deficiência e Idosos e suas Famílias (SPEPDI), é um serviço de média complexidade tipificado pela Política de Assistência Social. A   APAE-BH em parceria com a Diretoria de Proteção Especial da Subsecretaria Municipal de Assistência Social da Prefeitura de Belo Horizonte está executando o serviço desde novembro de 2018. A origem dessa parceria se deu por meio de um Chamamento Público.

Os objetivos norteadores do Serviço visam promover o fortalecimento de vínculos familiares e seu papel protetivo, ampliar as redes de cooperação e convivência social, estimular a autonomia e a participação social, resultando na melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência, idosas e suas famílias, pautado na defesa e garantia de direitos.

A  oferta é realizada em domicílio por uma equipe multidisciplinar que acompanha os usuários e suas famílias em todo o município de Belo Horizonte, abrangendo as nove regionais do território. São desenvolvidas ações a partir das necessidades e potencialidades individuais e familiares de casa usuário, buscando a superação das situações que agravam a dependência, dentre elas a sobrecarga do cuidador familiar.

Os usuários são encaminhados via os  Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

A equipe do serviço é composta por profissionais habilitados, a saber:

  • Gerente;
  • Assistentes Sociais;
  • Psicólogos;
  • Terapeutas Ocupacionais;
  • Supervisores;
  • Cuidadores Social;
  • Auxiliar Administrativo;

Para a realização do acompanhamento social dos usuários e de suas famílias, são utilizados pelos técnicos um conjunto de instrumentais de apoio. A terapeuta ocupacional aplica a avaliação de funcionalidade que visa mensurar as dependências e independências dos usuários em suas atividades de vida diária e de vida prática, afim de contribuir na construção do Plano de Desenvolvimento do Usuário (PDU), buscando melhora na qualidade de vida, autonomia e  participação social, contribuindo para reduzir a sobrecarga do cuidador familiar.

Essa atuação do Terapeuta Ocupacional no âmbito da Assistência Social, mesmo recente, tem trazido repercussões otimistas ao serviço. Em uma das avaliações de funcionalidade, observou-se que o usuário se encontrava desanimado e prostrado. Ao buscar informações sobre seus hábitos de lazer, foi revelado o seu gosto por cantar. Na proposta de intervenção, da equipe técnica e do cuidador social, buscou contemplar o suporte para os cuidados básicos de atividades diárias e em alguns casos o canto se mostrou como possibilidade para criação do vinculo cuidador-usuário. A inserção do cuidador social proporcionou diversas mudanças no desenvolvimento dos usuários, além de fortalecer sua autonomia. Muito são os casos que após inserção no serviço os usuários tem se mostrado mais animados e comunicativos.

O técnico psicossocial (Assistente Social/Psicólogo) realiza o Estudo Social  buscando conhecer a história da família e os vínculos afetivos para construir um planejamento individualizado de ações.

Pode-se notar, nesses primeiros meses de atuação no SPEPDI sinais de ressignificação da vida dos indivíduos no seu contexto familiar, pois são desempenhadas ações processuais para potencializar o que cada um pode realizar mesmo dentro de suas limitações.

Dessa forma, percebe-se que essa oferta traz benefícios tanto para o usuário, quanto para o cuidador familiar que muitas vezes encontra-se em grande esgotamento físico e mental. Os profissionais SPEPDI atuam como facilitadores na garantia de direitos, apoiando-se em atendimentos pautados no respeito da heterogeneidade, valores, potencialidades, crenças e identidades do usuário e sua família, a fim de contribuírem para fortalecimento da função protetiva da família e participação social.

Responsáveis pela construção: Andressa, Elaine, Juliana, Renata (Técnicas Sociais)

Contribuição de relatos: Laura e Josiane (Terapeutas Ocupacionais)