O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma síndrome de origem genética e neurológica que compromete o desenvolvimento global do indivíduo, envolvendo alterações, principalmente em três áreas: interação social, comunicação e variabilidade no comportamento.
Nesse sentido, pessoas com este transtorno normalmente apresentam dificuldades para se relacionar com outras pessoas, identificar expressões emocionais em si e nos outros, e parecem se relacionar melhor com objetos do que com pessoas, além de usarem os adultos para determinado fim.
Essas pessoas têm dificuldade para se adaptarem às necessidades do ambiente, em sair da rotina e, usualmente, não seguem regras, convenções sociais ou comandos dados por outras pessoas. Elas podem, ainda, apresentar atraso no desenvolvimento da fala ou até mesmo não conseguem desenvolvê-la. As pessoas autistas podem apresentar dificuldades para expressar aquilo que sentem, pensam e querem, ou utilizam a fala de maneira descontextualizada e/ou sem a intenção de se comunicar, e podem, também, adotarem comportamentos e falas repetitivos, dentre outros.
Estes sinais podem estar ou não presentes e afetam os indivíduos de maneira particular, o que exige cuidado no estabelecimento do diagnóstico e um plano terapêutico individualizado, a partir das dificuldades presentes em cada caso.
O diagnóstico é realizado por profissionais capacitados e é construído por meio de observações clínicas, entrevistas com os pais e/ou cuidadores e também por escalas de rastreio que podem auxiliar os profissionais a identificarem problemas específicos, além das potencialidades de cada indivíduo.
O resultado do uso conjunto dessas ferramentas irá direcionar o plano terapêutico, que usualmente abarca intervenções voltadas a várias áreas do desenvolvimento e contam com o trabalho de uma equipe multiprofissional, como profissionais da Fisioterapia, Fonoaudiologia, Neurologia, Psicologia, Psiquiatria, Serviço Social, Terapia Ocupacional, dentre outros, para promover maior adaptação desses indivíduos ao ambiente e, por consequência, favorecer sua autonomia e melhor qualidade de vida.
Essas intervenções são promovidas de modo conjunto entre profissionais e família, cuja participação é fundamental no processo de desenvolvimento de um indivíduo com TEA, para favorecer suas habilidades relacionais, comportamentais e de comunicação.
Dessa forma, a família exerce papel importante no planejamento e execução de intervenções e estratégias de enfrentamento das dificuldades do cotidiano, estimulando esse indivíduo com atividades presentes na própria rotina, com o objetivo de promover a aquisição de novas habilidades que vão refletir em suas características comportamentais.
A participação das famílias nos atendimentos realizados pelos profissionais da saúde tem se revelado eficaz no que diz respeito aos resultados obtidos, pois cria a oportunidade dessas famílias observarem como são realizadas as intervenções e possam dar continuidade a elas em ambientes extra consultório, utilizando recursos presentes no próprio ambiente do indivíduo. O trabalho conjunto entre profissionais e família tende a promover ganhos mais efetivos no desenvolvimento de indivíduos com TEA, além de promover o estreitamento do vínculo terapêutico, tão importante no tratamento.
É sempre importante lembrar: a família tem a bela e importante tarefa de oferecer atenção, cuidado e afeto à criança! Um ambiente repleto de carinho será ainda mais favorável a um bom desenvolvimento!
Thiago Martins
Psicólogo da Reabilitação Intelectual do CER IV
Não tenho condição de pagar terapias para meu filho de 7 anos com TEA, hoje ele estuda na UFMG, como faço pra conseguir uma vaga na APAE DE BH.
Meu sobrinho de 3 anos e meio não fala, necessito urgente de tratamento
Preciso urgente avaliação de 2 crianças,3/e meio e 2 anos
Bom dia,
O atendimento é gratuito? Qual o caminho para criança com TEA ser atendida?
Obrigada